quarta-feira, 30 de maio de 2007

Breves notas publicitárias

Depois de um breve fim-de-semana em Roma (do qual falarei assim que tiver comigo as fotos), seguem-se duas breves notas sobre marcas na Polónia.

- Os chocolates da marca Ferrero - Mon Chéri, Ferrero Rocher, etc - vendem-se durante todo o ano. Aqui não há aqueles anúncios mais velhos que a sé de Braga a dizer que agora já não se encontram à venda estes chocolates, porque o calor poderia alterá-los. Aqui, o calor fica a alterá-los durante o tempo quente (que já começou, apesar de hoje ter refrescado um pouco, graças a Deus).

- Mal cheguei, reparei logo que a marca Organics aqui chama-se Sunsilk (à semelhança de outros países da Europa). Mas para além disso noutro dia fiquei surpreendida ao ver um cartaz enorme à entrada de um hipermercado com um cachorrinho à la Scottex a publicitar uma marca de papel higiénico! O logo da marca não é igual à Scottex, mas o animalzinho sim. Porque será que duas empresas da mesma área resolvem recorrer a cachorrinhos para publicitar os seus produtos? Até porque nunca vi nenhum cão a usar papel higiénico, nem lenços, nem nada (bem que os donos poderiam aprender a limpar as porcarias deles do meio da rua, mas... isso é outra história que desenvolverei quando falar de Roma... infelizmente).

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Wilanów

Reconhecem esta foto? Há uns meses publiquei uma muito parecida aqui neste blog. A diferença é que a anterior foi tirada num dia de chuva e esta num dia de muito sol. Foi um dos primeiros dias quentes aqui. Felizmente desde este dia o calor tem-se mantido. Neste dia fomos passear nos jardins do palácio de Wilanów (diz que este nome pode ter vindo do latim Villa Nova, mas... quem sabe!). São uns jardins muito bonitos e agradáveis. Só é chato que se tem de pagar para entrar. É um sítio tipicamente turístico, mas giro. Neste dia estava cheio de gente a passear, como aliás em todos estes dias em que está calor. É ver gente aos magotes em tudo quanto é jardim, parque, espaço verde, etc. E as bicicletas, nem contá-las! É impossível! Bem, o mais ridículo foi ver - não em Wilanów, atenção! - pessoas de fato de banho ou outros trajes menores a apanhar sol... Sem comentários! Ah, e para além disto comecei a perceber que os polacos são mesmo fãs de solários. Já há muito tempo que tinha reparado que não há instituto de beleza que não tenha solarium. Um exagero, mesmo. Bem, mas nunca dei grande importância a isto. Agora, quando começo a ver no metro, na rua, etc, pessoas (sobretudo mulheres) polaquíssimas e morenaças, não enganam ninguém!! Aquilo é uma overdose de solarium! Indescritível!
Mudando de tema, este fim de semana estivemos numas termas a sul de Varsóvia. Um sítio muito interessante. É a terra dos ricalhaços, com grandes casarões e tal. Nesse dia em que lá fomos havia uma espécie de festa, sabe-se lá de quê. No meio de um parque estava uma pequena orquestra a tocar música e à frente deles um estrado grande de madeira onde as pessoas podiam dançar. Já comentei aqui a relação dos polacos com a dança? Pois aqui, quem não sabe dançar, não é nada (ok, se calhar exagerei um bocadinho, mas é mais ou menos isto). Homem que é homem deve saber dançar bem! Então ali era ver os parzinhos todos, sobretudo gente já idosa, a dançar na maior descontração, por entre o verde verdíssimo que se vê nesta altura do ano em toda a parte. Até era agradável estar a passear por ali e ir ouvindo a banda a tocar. As termas ficavam ali perto. Nós fomos a um sítio ao ar livre onde eram lançados uns vapores de água salgada (ou lá o que era) que fazem muito bem sobretudo ao aparelho respiratório (a outras coisas também, mas sinceramente já não me lembro...). Lá havia uns banquinhos para quem quisesse ficar ali a ler, a conversar, a dormir, sei lá. Havia várias famílias com criancinhas, pessoas mais velhas, algumas pessoas com deficiência, tudo para respirar aquele ar tão puro. O sítio tem piada, porque está envolto por uns grandes muros de madeira cheios de ramos secos de árvore que fazem qualquer coisa àquele ar, tipo, devem concentrá-lo mais ou algo do estilo. Como já disse, não percebo nada destas coisas, por isso não sei explicar. Mas é muito giro, vale a pena visitar. Só não tenho é fotos de lá (alguém há-de ter, mas não eu. Vou ver se peço). As fotos que aparecem neste post são todas de Wilanów.
Entretanto, um pormenor engraçado. Ultimamente tem-me acontecido ir na rua e de repente ver alguém que me parece conhecido - alguém português, entenda-se. Só ao fim de uns segudos os meus neurónios se decidem lembrar que estou em Varsóvia e a probabilidade de ver essas pessoas no meio da rua nos sítios por onde passo (que não são propriamente muito turísticos) é de 0,001%. Nesta altura caio na real e percebo que claro que não é essa pessoa. Com isto chego à conclusão que já me estou a habituar tanto a estar aqui que até já acho que vejo gente conhecida na rua (ou isto, ou estou a ficar doente).
Por último, deixo aqui esta foto de um leão tirada também em Wilanów (esqueci-me de dizer que nenhuma das fotos foi tirada por mim, são todas da autoria do Jarek). Uma saudação ao grande Sporting, que afinal lá se safou bem melhor do que eu pensava. Confesso que no princípio da época pensei que este ano o Sporting não ia chegar a lado nenhum. Afinal, esteve bem perto de conseguir o título. Não conseguiu, mas conseguiu o 2º lugar que também é muito bom, conseguiu boas classificações e conseguiu entrada directa na Champions. Viva nós!!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Retratos de Varsóvia e arredores

Finalmente após várias promessas consigo arranjar um buraquinho de tempo para deixar aqui algumas fotos, já com o computador refeito e a internet a funcionar. Esta primeira é de uma rua em Żoliborz, um bairro a norte de Varsóvia. Lê-se "jólibóch"; diz a tradição que uma rainha francesa, esposa de um rei polaco, gostava muito daquela zona da cidade e apelidou-a de "jolie bord", literalmente margem bonita, pois esta zona fica também perto do rio. O tempo adulterou estas palavras e tornou-as Żoliborz. Ainda hoje há muita gente que diz que esta é a zona mais bonita da cidade. Eu realmente não sei dizer, conheço muito pouco dela. Esta foto tirei porque achei piada às casinhas baixas e às árvores (ainda com poucas folhas aqui). Quem conhece minimamente Varsóvia certamente não se lembrará de ter visto algo assim, pois a maioria do que se conhece é tudo blocos de betão.
Na semana dos feriados tinha pensado ir até Cracóvia, mas acabei por mudar de ideias. Guardo essa viagem para depois. No dia 3 de Maio, como penso que já disse, é feriado por dois motivos ver bandeirinhas por tudo quando é sítio. Mas atenção, nada de bandeirinhas penduradas nas janelas de casa ou do carro, como muito gostam os bons portugueses. Aqui são bandeiras mesmo a sério. Praticamente todas as casas, estabelecimentos, estações de metro, etc têm o seu sítio especial para colocar bandeiras. Não havia sítio que não tivesse bandeira à mostra! Muito patriótas, estes polacos. Acabei por ir passar esse dia a Częstochowa, cidade polaca situada a uns 200km de Varsóvia e que desempenha um papel muito importante na história aqui da zona. Gostava de contar aqui a história, mas não sei ao certo. Sei episódios soltos, mas nada suficientemente bem estudado para poder contar. Durante a viagem pude ir apreciando as estradas polacas. Aqui há muito poucas auto-estradas, como é normal nós fomos numa estrada nacional. Agodiferentes: é a festa da constituição (para quem não sabe, a constituição polaca foi a primeira a ser redigida em toda a Europa) e ao mesmo tempo a festa de Nossa Senhora Rainha da Polónia. Neste dia e nos dias antecedentes e seguintes éra, para quem começou a pensar na antiga estrada nacional de ligava Lisboa ao Porto antes de haver a A1, ou até na que vai para o Algarve e onde esturricávamos durante a viagem, desenganem-se. Estas estradas nacionais de que falo não têm nada a ver. Claro que também há de tudo, mas esta em que fui, que liga Varsóvia a Wrocław (antiga Breslau), tem duas faixas para cada lado, piso óptimo, praticamente sempre recta, sem altos e baixos (lá está, é o que dá estar na maior planície da Europa). O único senão é que, como não é auto-estrada, não está fechada, então volta e meia aparecem uns cruzamentos. E pensam vocês: bem, grandas malucos! Isso é perigosíssimo! E respondo eu: é, pois! Mas se a pessoa for sem atenção. Antes de qualquer cruzamento aparecem sinais a avisar para reduzir a velocidade máxima para 70km/h. Parece ridículo, mas não é e resulta melhor do que eu pensava. Ao princípio achei uma seca de viagem se tivesse de ser sempre assim, mas até nem é. E volta e meia lá estão alguns polícias escondidos a apanhar os mais distraídos. Em alguns cruzamentos até há semáforos. Tem piada. Se formos minimamente dentro destas regras conseguimos fazer bem a viagem. Nós fizemos um tempo óptimo. No regresso vimos em sentido contrário um acidente brutal, precisamente num desses cruzamentos. Há sempre uns chicos-espertos que acham que não vale a pena travar um bocadinho durante uns 2 minutos e depois tramam-se. Enfim...
Continuando, em Częstochowa almoçámos, passeámos um bocadinho e depois fomos à Missa no Santuário da Virgem Negra. Resmas de pessoas, como seria de esperar, apesar da maior enchente ter sido de manhã. No fim ainda deu para comermos um gelado num café chamado Claromontana, tal como todos os outros sei lá quantos estabelecimentos das redondezas, sejam cafés, livrarias, lojas de souvenirs, etc, etc. Isto porquê, porque aquela zona chama-se Jasna Góra, o que significa monte claro. Claromontana, estão a perceber? Eu só não percebi o porquê do substantivo e do adjectivo não concordadem em género, mas isso...
Foi uma viagem mais ou menos relâmpago, porque tínhamos de estar em Varsóvia à hora do jantar. No dia seguinte fomos a uma pequena vila a sul de Varsóvia onde há um castelo antigo, em parte reconstruído. Aquela zona foi palco de várias batalhas, incluindo durante a IIª Guerra Mundial. Antigamente, o rio Vístula chegava até ali perto, o que fazia do castelo uma fortaleza muito bem situada. Agora, o rio passa a uns 2km dali. Pelo que percebi, naquele castelo viviam os príncipes que governavam toda a região da Mazóvia, onde se situa Varsóvia. Este castelo tem três torres, duas das quais se podem visitar. A vista é espetacular, porque só se vê campo a toda a volta e algumas povoações.
Neste dia encontrámos também uma mini praia fluvial. Estava imenso calor, mas a água do rio não parecia assim muito limpa e a areia também deixava um bocadinho a desejar. Durante qualquer uma das viagens estiveram dias lindos e deu para apreciar bem a paisagem. É giríssimo ir no carro e, naqueles sítios onde não há vilas, olhar para todos os lados e ver tudo super plano, nada de montesinhos nem nada que se pareça. É engraçadíssimo.
Ontem aqui já esteve finalmente um dia de Verão, com imenso calor. Já no Domingo também tinha estado muito bom tempo. Hoje, porque toda a gente se vestiu à fresquinha, o tempo começou a virar e ficou mais fresco. É uma espécie de Lei de Murphy daqui, que quando tudo indica que vai estar bom tempo, afinal não está. Espero poder vir a contrariar esta regra muito em breve.
Para já não tenho mais fotos interessantes, este fim de semana foi passado grande parte em lojas de móveis, o que significa uma seca desgraçada. No Domingo estive nos jardins do palácio de Wilanów (já pus aqui uma vês fotos deste palácio). Há fotos, mas eu ainda não as tenho.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

A minha primeira trovoada em Varsóvia!

Só é pena ser em Maio... Aliás, este mês está a ter alguns dias parecidos com o Setembro de que me lembro em Portugal. Sobretudo os dias de Setembro no Carregal. Esta semana já apanhei pequenas molhas. O pior é quando se anda em alguns passeios... Por causa das temperaturas frias no Inverno e das águas que congelam, as estradas aqui não têm um bom sistema de escoamento das águas. Naqueles dias em que a temperatura oscila perto dos 0ºC acontece que quando chove a água vai para as sarjetas, depois a temperatura desce à noite e congela, depois de dia derrete outra vez, e assim sucessivamente várias vezes. Ora, eu não sou engenheira (podia ser, se tivesse ido algun dia à UNI...hehehe) mas ao que parece estas brincadeiras dão cabo das canalizações. Então é ver os rios que se vão formando em alguns sítios. Esta semana ia apanhando um duche numa rua que ia sendo obra! Felizmente escapei a tempo e corri para outro lado.
Mas falando a sério, têm estado alguns dias em que fico super nostálgica porque parecem o Outono ou Inverno em Portugal. Gosto imenso. Claro que também gostava que estivesse calor, mas também não está um frio geladérrimo. (Agora uma pausa para respirar fundo... está mesmo uma trovoada brutal!!!)
Quando aos meus passeios, oh, não foram assim tão grandes. Estou prestes a colocar aqui algumas fotos, mas ainda não vai ser agora. Tive sorte porque nesses dias estava um tempo óptimo. Este fim de semana é que pelos vistos não augura nada de bom. Vou tentar deixar aqui fotos nos próximos dias. Mi aguardem!

domingo, 6 de maio de 2007

With love from Lisbon

Tenho-me esquecido de contar que quando cheguei agora a Varsóvia deparei-me com algo bastante curioso. Certo dia, ia eu no carro quando olhei para o lado e leio a seguinte frase: "With love from Lisbon". Qual não foi o meu espanto, ao ver-me assim recebida! Só quando vi o segundo cartaz percebi do que se tratava. A nova campanha da marca polaca Reserved, para a nova colecção, foi feita em Lisboa. Se clicarem aqui poderão ver alguns dos spots televisivos deles, filmados em Portugal. Aliás, mesmo que não vejam os anúncios, quando entram no site são logo acolhidos pela frase "With love from Lisbon". O que tem piada é a quantidade de outdoors e outros cartazes gigantões que eles têm espalhados pela cidade. É Lisboa a mandar amor para toda a gente! Gostei.