terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O meu reino por uma árvore de natal!

Este ano pensava que não ia ter árvore de natal em casa. Primeiro, porque não vamos estar em casa em nenhum dos dias de festa (que cá são 24, 25 e 26). Segundo, porque a Teresa ainda não liga a isso. Terceiro, porque achava que era caro. A certa altura, em discussão com a cara metade, resolvemos que iriamos comprar uma árvore de natal. Pensei logo numa coisa pequenina. De cada vez que ia ao supermercado, dava uma olhadela nos preços das árvores de plástico e achava caríssimas. Até que certo dia, o Stas foi ajudar os avós a comprar a árvore deles. Pelo que percebi, cá a maioria das pessoas tem árvores verdadeiras em casa. Lá foram eles a um desses vendedores que se encontra por toda a parte nesta época do ano comprar a dita. Qual o meu espanto quando soube que tinham comprado uma com 2,50m por um preço baratíssimo! Caiu-me o queixo ao chão; nunca pensei que fossem tão baratas as árvores verdadeiras! Sempre tinha aquela ideia que as verdadeiras eram bastante mais caras que as de plástico, mas pelos vistos enganei-me. Em suma, passámos da ideia (minha) de comprar um "arbustrozinho" de plástico para comprar uma árvore verdadeira com pelo menos 2m.
Tendo decidido o que queriamos, partimos certo dia em busca da dita. Ora, esta tarefa resultou bem mais complicada do que pensei. Fomos a uns oito sítios diferentes. O problema era sempre: ou era muito cara, ou era feia. Não sei porquê, nunca me ocorreu que pudesse encontrar árvores feias. Algumas não tinham quase ramos em cima, outras estavam muito depenadas, outras eram exageradamente farfalhudas em baixo e despidas em cima, etc, etc. Para além disto, há dois tipos de árvore à escolha: jodła e świerk. A primeira tem a vantagem de aguentar muito tempo e por isso é mais cara; a segunda dizem que deita um cheiro bom, mas deixa cair uma espécie de caruma, o que faz com que se tenha de limpar o chão frequentemente (esta é mais barata). Nessa tarde estavam 4ºC e tinha chovido a potes na véspera. A maioria dos locais onde estavam os vendedores das árvores estava atolhada de lama e mal se conseguia lá entrar. Congelámos completamente e sujámos os sapatos todos. Mas conseguimos arranjar uma de que gostámos e por um bom preço. Da próxima vez, acho que vamos procurar com mais antecedência.
Aqui está a nossa árvore de natal, à chegada a casa, antes de ser armada:

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O que os bebés comem na Polónia

Tal como os adultos na Polónia têm as suas comidas tradicionais, os bebés também têm as suas próprias. Em geral, na Polónia, quando os bebés chegam à fase de comer outras coisas para além do leite, passam a comer de boiões. Quando fomos da última vez à pediatra, ela deu-nos uma brochura de uma marca de boiões com a indicação de como se devia alimentar o bebé. Pelo que percebi, aqui não há a sopinha caseira que se faz aí, à qual se vão acrescentando ingredientes. Quer dizer, haver há, mas está a tornar-se cada vez menos popular. De tal maneira que a pediatra nem sequer supôs que nós pudéssemos não querer alimentar a bebé só com boiões. Como não temos grande experiência nesta área, tive a felicidade de algumas pessoas de Portugal me ajudarem com indicações sobre como preparavam as comidas dos seus bebés. Os boiões de facto são muito práticos e têm uma variedade enorme de sabores. Mas - lá está - não há nada como uma bela sopinha caseira (para além de que é mais barato)! E a Teresa, para já, tem gostado.
Para além disto, há também papas, como em qualquer parte do mundo. Tirando o facto de não haver cerelac (o que me deixa muito triste), predominam as papas de arroz. Há também papas de milho, mas ouvi dizer que são uma porcaria. Às papas de arroz juntam-se sabores: há papa de framboesa, papa de banana, etc. Mas o que achei mais original foi ver papa de... bróculos, de abóbora e de outros legumes! São da Nestlé e chamam-se algo como "Jardim do Ursinho". Ainda não sei se vamos comprar, mas parece-me que não. De qualquer maneira comprámos um boião com puré de bróculos, imagino que seja mais saboroso.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mais ginástica!

Pela primeira vez depois da Teresa nascer, fui fazer ginástica. Achei que já era altura de voltar a exercitar o corpo. Até porque ser mãe existe uma certa resistência física que, de facto, me está a faltar. Noutro dia, por exemplo, dei uma corridinha a empurrar o carrinho do bebé na rua e quando parei achei que ia morrer. Ainda consigo aguentar bem com os 7kg da pequenota, mas tirando isso...
Decidi então inscrever-me num ginásio, numas aulas próprias para mães com bebés pequeninos. Para além de achar que era o indicado para mim (recuperação pós-parto, etc.), tinha a grande vantagem de não precisar de babysitter para a Teresa durante o tempo da aula.
Bem, eu já não fazia ginástica há muito tempo (sim, porque as aulas de preparação para o parto, ao contrário do que muitos pensaram, não eram de ginástica; simplesmente em algumas sessões tivemos 30min de exercícios). Então quando começámos a aula... acho que ainda nem tinham passado 10min e eu já não podia mais! Quer dizer, achava que não podia, porque depois ainda fiz mais uma série de exercícios, apesar de não tantas vezes como era suposto.
A aula começou com um aquecimento tipo step. Os bebés ficavam deitados numa mantinha no colchão e nós lá saltitávamos de um lado para o outro. Como é típico, nos primeiros minutos era a turma toda para a direita e eu para a esquerda, e vice-versa. Já quase no fim do aquecimento lá consegui acertar o passo com elas. A Teresa divertiu-se imenso com as minhas figuras; fartou-se de rir. Depois disto fizemos mais uns exercícios sozinhas e mais tarde é que pegámos nos bebés para ginasticarem connosco. É engraçado, este conceito de ginástica. Várias vezes, os bebés serviam de pesos para os exercícios. Só vos digo que não é tão fácil como parece! Passado um bocado, foi a vez dos bebés brincarem um pouco. Pusemo-los em cima das bolas de ginástica (que usámos para alguns exercícios), ora de barriga para baixo, ora de barriga para cima e rodávamos um pouco a bola em círculos. A Teresa adorou. Acho que para eles deve ser muito relaxante. Bem... pelo menos para alguns, porque ao meu lado estava uma bebé com sete meses que a mãe me disse que se farta de chorar de cada vez que a metem em cima da bola.
Ainda fizemos mais uns exercícios juntamente com os bebés, para nos matarmos mesmo até ao fim e depois lá terminámos. Quando já estávamos no carro para vir para casa é que a Teresa começou a chorar. Acho que queria mais aula para se continuar a rir das minhas figuras. Mas agora só para a semana.

Estas fotos foram tiradas ao calhas da internet; não faço a mínima ideia quem sejam estas pessoas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Concorrência entre operadoras móveis

Há uns tempos que a operadora móvel polaca Play (uma operadora que surgiu há coisa de um ano e tal) iniciou uma campanha publicitária de ataque directo à concorrência. Devo dizer que pessoalmente nunca gostei dos anúncios da Play, são todos horríveis. Estes agora estéticamente não têm nada de especial. O que chama a atenção é o que aparece escrito. Diz a Play que ligar de um telemóvel Play para outras redes é mais barato do que as chamadas dentro dessa outra rede. Ou seja - e citando os cartazes deles - ligar de Play para um telemóvel Era é mais barato do que ligar de um Era para um Era. E o mesmo com as redes Orange e Plus. Não sei se isto é verdade, porque não verifiquei, mas irrita-me este tipo de publicidade, que investe em dizer mal dos concorrentes.
E qual é a resposta dos concorrentes? Vejamos um caso concreto.
Estou a pensar comprar um novo cartão de telemóvel da operadora Heyah - uma rede que pertence à Era. Eles têm agora uma promoção que posso ligar por um preço muito bom para todas as redes (fixa incluída) da Polónia e da União Europeia!! Ou seja, passo a telefonar para Portugal ao mesmo preço que para cá. Só que esta promoção tem uma particularidade muito especial... Paga-se apenas 44 grosze (cerca de 11 cêntimos) para todas as redes (como já disse), excepto para a Play... para a qual se pagam 79 grosze por minuto (cerca de 21 cêntimos). Esta é a resposta que a concorrência está a dar à Play. A Orange parece que também está a ir por este caminho. Assim a Play vai levando dos seus concorrentes, enquanto perde tempo a criticá-los.